sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

PATRIMONIALISMO – Izabela, a estrela do bem-bom



                                          Izabela Jatene, a primeira-filha, beneficiária do patrimonialismo do pai.
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A estrela da mamata é a primeira-filha, transformada em secretária Extraordinária de Integração de Políticas Sociais. A secretaria comandada por Izabela Jatene, que embolsa mensalmente R$ 21 mil, foi ironicamente criada em na esteira de uma reforma administrativa supostamente destinada a enxugar a máquina administrativa. Originalmente uma obscura professora da Universidade Federal do Pará, a vida pregressa de Izabela Jatene inclui antecedentes criminais: em outubro de 1998, às vésperas do primeiro turno das eleições estaduais, ela e o marido, Ricardo Augusto Garcia de Souza, foram presos pela Polícia Federal, flagrados com 20 mil cestas básicas que seriam distribuídas pela Coligação União pelo Pará, do então candidato Almir Gabriel (PSDB). Na época, o atual governador Simão Jatene era ex-secretário de Almir Gabriel e coordenador da campanha do governador tucano, que postulava a reeleição, enfrentando Jader Barbalho, ao qual acabou por derrotar, em uma eleição pontuada por denúncias de uso da máquina administrativa estadual (Leia aqui).

PATRIMONIALISMO – Antecedentes da primeira-filha

Além de antecedentes criminais, Izabela Jatene notabilizou-se pela arrogância, expressa no episódio da suspeita de risco de desabamento do edifício Wing, com um apartamento por andar, no qual residiam, em andares distintos, ela, o irmão e a mãe de ambos. “Falando como uma cidadã comum”, bradou ela, na ocasião, em entrevista à TV Liberal, colocando-se acima dos demais cidadãos, presumivelmente pela condição de filha do governador (Leia aqui).

Mais constrangedor, e bem mais grave, foi o episódio por ela protagonizado, ao ser flagrada em um comprometedor diálogo telefônico com Nilo Rendeiro de Noronha,então subsecretário de Receitas da Sefa, a Secretaria de Estado da Fazenda, da qual posteriormente tornou-se titular. No diálogo comprometedor, Izabela solicitava ao subsecretário de Receitas a lista das 300 maiores empresas do Estado. “Consegue pra mim? Manda pro meu e-mail?”, indagava Izabela, que, a seguir, justificava candidamente o porquê do pedido: “Vamos começar a buscar esse dinheirinho deles, né?”. A resposta servil de Nilo: “Claro. Qual é o teu e-mail?”(Ouça aqui).

PATRIMONIALISMO – Discípulo de Jader

Também em termos de patrimonialismo, o governador tucano Simão Jatene revela-se um aplicado discípulo do senador Jader Barbalho, do qual foi secretário no primeiro mandato do morubixaba do PMDB como governador, de março de 1983 a março de 1987, e com o apoio do qual retornou ao Palácio dos Despachos em 2010, derrotando, no segundo turno, a ex-governador petista Ana Júlia Carepa.

No seu primeiro mandato como governador, quando o morubixaba peemedebista ainda erigia a oligarquia que hoje comanda, alastrou-se, nas diversas instâncias de poder, e mais visivelmente no Executivo, a presença de parentes e contraparentes de Jader e da primeira dama, dona Elcione Zahluth Barbalho. Então com supremacia dos Zahluth sobre os Barbalho, diga-se.

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