Na ponta da calculadora, o promotor de Justiça Márcio Faria levou um susto ao fechar a conta mensal de doação de cimento pela fábrica Cimentos do Brasil (Cibrasa) à prefeitura do município. A estranheza do promotor deriva do fato de que em Capanema não há realização de obras de vulto a justificar a doação mensal de 500 sacos de cimento - ou 25 mil quilos - entre os anos de 2011 e 2015, totalizando um valor que alcança R$ 819 mil.
Em vista disso, no último dia 23, o promotor Márcio Maués de Faria instaurou inquérito civil para apurar a verdadeira destinação desse cimento pela prefeitura. Leomárcio Tessaralo, gerente-geral da Cibrasa, que assinou o expediente endereçado ao Ministério Público, anexou cópias de notas fiscais emitidas pela Cibrasa, assim como recebidos pelo prefeito Eslon Aguiar Martins, confirmando a entrega de cimento durante todo o período citado.
De acordo com a documentação apresentada, cada saca de cimento possui 50 quilos, o que dá 25.000 quilos por mês. Essa expressiva quantidade não corresponde à realidade vivenciada em Capanema, onde não há realização de obras de vulto a justificar o recebimento dessa quantidade.
“Os fatos acima reportados revelam indícios da prática de atos de improbidade administrativa, a justificar a escorreita apuração por parte do Ministério Público”, explicou Márcio Faria. Como providências, o MP determinou ao prefeito e ao secretário de Obras de Capanema que apresentem documentos, no prazo de 30 dias, que comprovem a utilização do cimento doado pela Cibrasa no período entre 2011 a 2015.
E que Leomárcio Tessarolo, gerente da Cibrasa, compareça à promotoria de Justiça para prestar as devidas informações. Ou seja, o bicho vai pegar.
Con informaçoes de Ana Paula Lins e informações da promotoria de Capanema.
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