quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Bancários grevam e lotéricas ficam lotadas




Nas fachadas das agências bancárias da Região Metropolitana de Belém, placas informam: “Estamos em greve”. Mesmo com o anúncio que os serviços iam parar a partir da meia-noite de ontem, alguns consumidores foram pegos de surpresas, como a auxiliar de serviços gerais Ana Dilza, 37. Ela foi ao Banco do Brasil da avenida Presidente Vargas, mas teve de voltar sem pagar o boleto de sua faculdade. “Estava sabendo, mas pensei que não seria geral”. Para não pagar multas e juros, a saída da Ana foi recorrer às casas lotéricas, que, por sinal, amargavam filas quilométricas em vários locais percorridos pela reportagem, como nos bairros Pedreira e Marco.

REIVINDICAÇÕES

Com uma grande concentração de bancos, nas portas das agências da avenida Presidente Vargas, os bancários reivindicavam os seus direitos trabalhistas, utilizando carro-som, faixas e camisas pedindo por segurança e pelo reajuste salarial de inflação 9,57% e mais 5% de aumento real. “Hoje (ontem), quase 100% dos bancos públicos da Região Metropolitana estão de portas fechadas”, afirma Gilmar Santos, diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários do Pará. A greve segue por tempo indeterminado. Na última paralisação, em 2015, a greve durou 26 dias, causando sério transtorno à população em todo o Brasil. Mesmo com a deliberação, alguns bancários foram ao trabalho. A agência do Itaú na av. Pedro Miranda, na Pedreira, funcionou normalmente. 

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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